quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Vila Santa Reserva 2011 Branco

Características
Tipo: Vinho Branco
Castas: Arinto, Alvarinho e Sauvignon Blanc
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 13,5%
Produtor: João Portugal Ramos Vinhos, SA
Preço: 12€ vap

Agradecimento
Uma palavra de agradecimento à J. Portugal Ramos Vinhos SA pela atenção demonstrada para com o Blog Comer, Beber e Lazer na oferta para prova desta garrafa.

Nota de Prova
Falo hoje de uma das minhas últimas boas surpresas aos beber um branco alentejano. Com sinceridade confesso que fui com as expectativas num patamar um pouco baixo e talvez por isso me tenha deixado render de forma tão marcada.
Cor amarelo citrino, com fugazes esverdeados e alourados brilhantes. Nariz com fruta citrina e tropical de intensidade média, notas frescas e elegantes com uma madeira bem integrada, saltando algumas notas especiadas e um ligeiro vegetal em fundo. No palato surge macio, com suavidade, com continuidade das notas de fruta já apreciadas no aroma, boa frescura e mineralidade interessante. Muito equilibrado com uma elegância que sobressai do conjunto. Só uma nota. Arinto, Alvarinho e Sauvignon Blanc a juntarem-se no Alentejo?

Classificação: 89/100

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Pequenos Rebentos | Apresentação das Novas Colheitas

O projecto Pequenos Rebentos conta, ainda, com uma vida de poucos anos. Márcio Lopes, jovem enólogo e produtor que dá vida ao Projecto, começa em 2010 a vinificar em Melgaço, numa adega provisória e com uvas seleccionadas por si de pequenos produtores sem capacidade para vinificação própria, os originais e singulares vinhos Pequenos Rebentos. Será de 2010 a edição limitada do Pequenos Rebentos 2010 Alvarinho, cuja pequena produção não foi obstáculo para que rapidamente se visse a sua qualidade reconhecida.

"(...) Fazer vinhos que expressem a originalidade de diferentes Terroirs através de castas distintas é a minha paixão e a verdade sobre o PEQUENOS REBENTOS.(...)"
Márcio Lopes, Enólogo e Produtor
Ontem, no Restaurante Solar dos Pintor, foram apresentadas as novas colheitas, que prometem continuar a demonstrar o bom trabalho já demonstrado no primeiro Pequenos Rebentos: Pequenos Rebentos Escolha Alvarinho - Trajadura 2011 , Pequenos Rebentos Alvarinho 2011  e Pequenos Rebentos Alvarinho Edição Limitada 2011.

Pequenos Rebentos Escolha Alvarinho - Trajadura 2011: Produzido com 85% de Alvarinho e restantes 15% de Trajadura este é apresentado como sendo o gama de entrada desta linha a um pvp aconselhado de 3,50€. Cor amarelo citrino com nuances esverdeadas, limpido e brilhante. Nariz de perfil citrino, toque mineral saliente e fugaz vegetal. No palato surge com uma acidez vibrante, com boa fruta citrina, toranja, boa mineralidade, seco e final elegante. Um bom gama de entrada, uma boa escolha .

Pequenos Rebentos Alvarinho 2011: A minha escolha para hoje e mesmo para guarda e bebe-lo daqui a um ou dois anos. Mantém o perfil visual do vinho anterior, com as tonalidade esverdeadas a cativar o olhar. Aromaticamente intenso a fruta citrina e tropical e um exuberante toque floral que o torna muito interessante e diferente. Boca com boa estrutura, equilibrado, macio, muito boa acidez e boa fruta fresca citrina e de caroço. O final é persistente, fresco e elegante. Com o pvp de 7,00€ é uma opção a ter em atenção.

Pequenos Rebentos Alvarinho Edição Limitada 2011: Voltamos ao Edição Limitada. Apenas 2.000 garrafas com o engarrafamento em Janeiro deste ano. Na minha opinião uma promessa. A pedir mais algum tempo de garrafa, mas a demonstrar desde já um potencial imenso. Cor amarelo citrino claro, translúcido, límpido e brilhante. Chama a nossa atenção. Aromas inicialmente um pouco mais contidos mas a abrirem em pouco tempo e a revelarem boas notas citrinas e tropicais, com toque mineral e vegetal que me surpreendeu nesta fase. Na boca arrebata-nos pela sua acidez vibrante, onde talvez se note mais a necessidade de descanso em garrafa, e pela sua fruta fresca citrina e salpicos minerais e vegetais que já haviamos tocado no nariz. Final persistente, elegante e com um mineral muito interessante. O pvp é de 9,00€.

Todos os vinhos mostraram uma versatilidade muito interessante na ligação gastronómica. Principalmente o Pequenos Rebentos Alvarinho 2011  e Pequenos Rebentos Alvarinho Edição Limitada 2011 que demonstraram ser mais do que um verde "fresquinho" de verão. A sua estrutura suporta com muita qualidade pratos com mais complexidade. 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Duas Quintas Reserva 1995

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Touriga Nacional e tinta Barroca
Região: Douro
Teor Alcoólico: 13%
Produtor: Adriano Ramos Pinto
Preço: 20€ vap

Nota de Prova
Quinta de Ervamoira e Quinta dos Bons Ares.As melhores uvas da vindimas do ano de 1995 destas Quintas serviu para produzir este néctar da Ramos Pinto.
Visualmente apresenta já traços da sua idade. Nuances vermelhas-tijoladas, com maior concentração no núcleo, limpo e cativante. No perfil aromático é notória já a sua evolução, ainda presença da fruta, ataque licoroso, madeira bem encorpada, fruta passa, muito complexo, boas notas de tosta e especiaria em fundo. No palato está ainda vivaz, com pujança, ainda aguentava mais um aninho. Boa acidez, fruta e madeira em boa harmonia, toque macio. Final extenso e ainda fresco. Velho? Ainda encosta muito "novo".

Classificação: 92/100

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Beyra Quartz 2011 Branco

Características
Tipo: Vinho Branco
Castas: Siria e Fonte Cal
Região: Beira interior
Teor Alcoólico: 12,5%
Produtor: Beyra Vinhos de Altitude, Lda.
Preço: 4,99€ vap

Nota de Prova
Antes de o provar já tinha lido algumas notas acerca do mesmo. Se por um lado fiquei curioso, por outro acho que me deixei "corromper" por tudo o que circula à volta do mesmo. Posso dizer que esperava algo bombástico e que primeiro contacto fiquei, desde logo, um pouco desiludido. Diferente sim, mas com um ataque de pedra na boca que me impressionou. Seco e muito mineral na boca, muita fruta citrina, maça verde, toque vegetal, acidez a rebite, parece um cavalo bravo. Precisa talvez de algum descanso. Com o andar da carruagem vamos gostando mais, precisa de comida a acompanhar. Curioso de saber como estará daqui a um ano.
Concluindo, não foi desde logo o vinho que esperava, reconheço que está tudo lá, mas ainda um pouco bravo. Fico todavia com a sensação que estou presença de um bom vinho, mas vou aguardar mais algum tempo para voltar a provar e confirmar a ideia com que fico.

Classificação: 79/100

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Valle do Nídeo 2010 Branco

Características
Tipo: Vinho Branco
Castas: Rabigato e Códega do Larinho
Região:Douro
Teor Alcoólico: 13%
Produtor: Herminio António Santos Abrantes
Preço: -€ vap

Agradecimento
Uma palavra de agradecimento à Valle do Nídeo pela atenção demonstrada para com o Blog Comer, Beber e Lazer na oferta para prova desta garrafa.

Nota de Prova
Bela surpresa esta. Um Douro Branco cheio de frescura e boa mineralidade. Apresenta cor citrina, límpida e com aspecto cristalino. Boa intensidade aromática, fruta citrina em predominância, leves exóticos em fundo, toque mineral, pó de xisto e sensação de frescura. Na boca marca pela suavidade ao primeiro toque, algo cremoso, com a fruta fresca bem colada à acidez e frescura. Gostei bastante deste branco. Não engana.

Classificação: 83/100

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Quinta de Camarate 1994 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Castelão Francês, Espadeiro e Cabernet Sauvignon
Região: Terras do Sado
Teor Alcoólico: 13%
Produtor: José Maria da Fonseca Vinhos, Succ.
Preço: - € vap

Nota de Prova

Em abril deste ano, numa das minhas idas à "terrinha" por honra da quadra pascal, parei numa garrafeira com uma série de vinhos, ditos antigos, em venda com promoção. Este foi um dos que veio no cesto. Quando cheguei à caixa o dono da garrafeira disse-me que deviam estar todos bons, mas o baixo preço era devido à pouca procura do vinho com mais uns anitos. - O pessoal agora quer é vinho do ano. Disse em jeito de desabafo. Cá vieram todos.
Este foi levado para abrir num jantar com vinhos velhos, onde todos os presentes tinham ligações ao vinho, bloggers, produtores, escanções, etc. A conclusão foi unânime. Grande vinho! Tonalidades de castanho e alaranjado e limpo. Nariz com bons frutos secos, violetas, algum iodo, bom conjunto. Boa acidez na boca, ainda bem vivo. Envelheceu com qualidade.

Classificação: 80/100

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Quinta de Camarate 2009 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Touriga Nacional, Aragonês, Cabernet Sauvignon e Castelão
Região: Península de Setúbal
Teor Alcoólico: 13,5%
Produtor: José Maria da Fonseca Vinhos, SA
Preço: 7,50€ vap

Agradecimento
Uma palavra de agradecimento à José Maria da Fonseca pela atenção demonstrada para com o Blog Comer, Beber e Lazer na oferta para prova desta garrafa.

Nota de Prova
A José Maria da Fonseca continua a brindar o consumidor com vinhos de alta qualidade e a bons preços. Ainda existe quem não aposte nestes vinhos para guarda ou mesmo para consumo imediato. São de compra acessível, estão à venda em praticamente todo o lado e como já referi, por norma o preço acompanha os restantes pontos positivos. Este não foge à regra.
Cor rubi intenso, escuro, concentrado, opaco ao centro e de aspecto límpido.  No nariz, a boa intensidade aromática toma conta de nós, muita fruta vermelha madura, alguma cereja, violetas florais delicados, um figo seco pelo meio, algum especiado e vegetal em fundo e uma madeira que se vai sentido cada vez mais incorporada à medida que o vinho evolui no copo. No palato surge com suavidade ao primeiro toque, com boa fruta, sempre fresco, equilibrado de acidez, madeira no ponto. Muita vida pela frente.
À poucos dias tive o prazer de partilhar com outros convivas um Quinta de Camarate 1994 (que ainda aqui terei o prazer de comentar) e, para surpresa de alguns, ainda muito bem comportado. É dar mais uns anos a este 2009 e voltamos a falar.

Classificação: 85/100

1ª FEIRA DE VINHOS ANTIGOS: Vinhos do PORTO

Estão desde já em exposição cerca de 30 referências deste fabuloso néctar. Apareça, venha "garimpar" autênticos tesouros. Preços desde os 4,99€ até ao 39€. Na GN Cellar, aberto todos os dias até às 21h00. Aproveite!


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Câmara de Provadores TWAwine: Ensaio #11

A Câmara de Provadores TWAwine foi criada pelo Hugo Mendes por forma a criar um grupo onde pudesse partilhar os muitos ensaios que costuma fazer com outras pessoas e estudar as reacções de cada um. Os participantes foram escolhidos pela sua ligação ao vinho, muitos deles, como eu, autores de Blogs de Vinho, tentando constituir um conjunto o mais ecléctico possível e tendo sempre em conta o número máximo possível de "provadores" por garrafa.
O objectivo é recolher a experiência resultante dos encontros, viver um dos momentos anteriores ao vinho na garrafa e pronto a beber, e maximizar todo o conhecimento/experiência por todos. Pelo meu lado, o de provador convidado, agradecer a oportunidade de provar o vinho em estados de evolução que, provavelmente, nunca teria; pelo lado do provador organizador, com certeza que o nosso feedback será de grande utilidade na sua actividade e no prazer de mostrar a outros um pouco daquilo que também é ser Enólogo. Recordo palavras deste dia. Se pensam que um Enólogo é só provar ou beber vinho bom, ficam também com a noção que também é necessário provar os Ensaios.
Primeiro dia, primeira sessão, na Quinta das Carrafouchas, fomos provar o Ensaio #11, com aduelas, um rosé Quinta da Murta “especial” e os novos espumantes Quinta da Murta rosé e Vale das Areias Arinto. Para além da Testemunha, estiveram a prova as seguintes aduelas: High Toast, High Spice, High Moka, High Vanilla Pure, High Vanilla, 46º Borgonha,  44º Bordéus,  45º Rhone e Cuvée L. Muito importante neste prova o facto do contacto com as aduelas ter excedido o tempo em cerca de 1 ano.
Da testemunha às diferentes aduelas foi bastante interessante verificar que todas elas alteraram o perfil aromático inicial e que em todas elas se percebeu os saltas diferenciadores entre cada uma.  Naturalmente que o efeito de cada uma não agradou por igual, o High Vanilla Pure foi neste aspecto aquele que considerei mais negativo e os 46º Borgonha,  44º Bordéus,  45º Rhone os que considerei num plano positivo. Muito interessantes mesmo. Na boca, mais uma vez a mesma distinção, sendo que o 46º Borgonha e o  44º Bordéus estavam a um nivel já "comercializável", ou seja, até era capaz de pagar por eles e... gostar.
Passo a encarar as aduelas de outra forma. Como uma opção no mercado. Nunca daqui virá um vinho estrondoso, mas pode ser uma opção para alguns vinhos low-cost que queiram dar mais qualquer coisinha ao consumidor. Todavia, uma obrigação. Fazer referência ao uso das aduelas no rótulo ou contra-rótulo.
Faço ainda menção particular ao rosé Quinta da Murta “especial”, com 3 anos de barrica, devo dizer que gostei. Não é um rosé normal, está marcado pela madeira, diferente de aroma e boca, mas com uma complexidade interessante que o torna muito apeticível para fazer parelha com boa gastronomia.
Por fim, mais uma vez agradecer o convite e a oportunidade e venha a próxima sessão.

"Essência do Vinho -Madeira" 2012 1ª Edição

Em 2012 haverá ainda uma nova edição do evento “Essência do Vinho”. Desta vez será no Funchal, de 30 de novembro a 2 de dezembro, no Centro de Congressos da capital madeirense.
A iniciativa resulta de uma parceria estabelecida entre a empresa EV-Essência do Vinho e o Diário de Notícias da Madeira, que partilham a organização desta primeira edição em solo insular.
O “Essência do Vinho - Madeira” reunirá dezenas de produtores portugueses, incluindo as casas mais emblemáticas de vinho produzido na ilha. Além da degustação livre, os visitantes poderão ainda participar em provas temáticas de vinho e harmonizações enogastronómicas, na presença de conceituados especialistas.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Conde de Vimioso 2011 Rosé CS

Características
Tipo: Vinho Rosé
Castas: Touriga Nacional e Syrah
Região: Tejo
Teor Alcoólico: 13%
Produtor: Falua Sociedade de Vinhos, SA
Preço: 2,50€ vap

Agradecimento
Uma palavra de agradecimento à Falua Sociedade de Vinhos, SA pela atenção demonstrada para com o Blog Comer, Beber e Lazer na oferta para prova desta garrafa.

Nota de Prova

Com o calor próprio do verão um dos vinhos que apetecem beber é o rosé. Fresco e directo. Sem complicações. Tal como este Colheita Seleccionada que com um preço abaixo dos 3€ nos brinda com um perfil diferente do habitual nesta gama. Foge ao docinho que tantas vezes se pensa ser o mais procurado. E ganha com esta diferença.
No copo apresenta uma cor rosa intensa, limpa e bastante cativante. Nariz com boa intensidade, morango e framboesa em destaque e a cereja ainda fresca. Na boca surge com suavidade, macio ao toque, acidez equilibrada, alguma toranja com um ligeiro amargo final. Fica por cá, longo. Com boa estrutura e complexidade. Não acredito muito nele sózinho, mas com gastronomia aparece em bom plano.

Classificação: 78/100

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Chateau Cos D'Estournel 1985 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc 
Região: Bordéus (França)
Teor Alcoólico: 12,5%
Produtor: Domaines Prats, SA
Preço: 180 € vap

Nota de Prova
Que dizer deste vinho? Não foi uma surpresa. Antes de o beber levava já as minhas expectativas em alta e para meu prazer estas não foram goradas. Na cor nuances que chamam já a idade que o vinho tem, todavia ainda boa concentração de cor, os bordos do copo apresentam já leves atijolados e acastanhados, mas ainda tonalidades bastante mais jovens do que poderia esperar. No nariz é complexo, desafiante, ainda com muita fruta, a madeira está lá, finamente casada e todos os restantes aromas que se procuram neste tipo de vinho. É de ficar bastante tempo a brincar com ele. Na boca é um vinho muito fácil de beber. Se esperava algo mais rude, mais "velho", enganei-me. Macio, vivo, bom equilíbrio da fruta com a acidez e o álcool. A presença de especiarias e de um travo vegetal assume-se a alto nível. Um final longo, longo, longo.

Classificação: 91/100

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Loios 2011 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Aragonez, Trincadeira e Outras
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 14%
Produtor: João Portugal Ramos Vinhos, SA
Preço: 2,99€ vap

Agradecimento
Uma palavra de agradecimento à J. Portugal Ramos Vinhos SA pela atenção demonstrada para com o Blog Comer, Beber e Lazer na oferta para prova desta garrafa.

Nota de Prova
A mudança de imagem, já anteriormente apresentada no Loios Branco 2011 é de facto uma aposta ganha. Aqui, o efeito é o mesmo. A garrafa parece que cresce e cativa o olhar. Também o vinho é uma boa surpresa. O conceito define-se rapidamente: bom e barato. É fórmula ganha.
Cor rubi, intenso e concentrado no núcleo, violetas notórios nos bordos do copo e de aspecto límpido. Aromas intensos  com muita fruta vermelha madura, algumas notas de adocicados ou possível redução. Boca fresca, toque macio, equilibrado, fácil de gostar e de voltar a repetir. Travo final com nota vegetal e de boa intensidade. Guloso.

Classificação: 80/100

Os 20 brancos até 10€ mais recomendados para o Verão 2012

No seguimento do lançamento do Adegga Portugal, que já se encontra on-line aqui, foi publicada hoje também a primeira iniciativa do Guia de Vinhos Social Adegga: a lista dos 20 vinhos brancos até 10€ mais recomendados para o verão 2012.
Esta lista pretende tornar mais fácil a selecção de um vinho e, ao mesmo tempo, ser um ponto de partida para a descoberta da enorme qualidade dos vinhos brancos disponíveis em Portugal. O Comer, Beber e Lazer participou nesta selecção e dá os parabéns ao Adegga por esta importante iniciativa.

Assim os 20 brancos até 10€ mais recomendados para o Verão 2012 são:

Como foi feita a lista?
A lista foi elaborada com base nas opiniões dos membros mais activos do Adegga que, em conjunto com alguns convidados especiais, elaboraram individualmente a listas dos seus brancos recomendados. A lista final é o resultados da contribuição total de cada vinho recomendado para a lista dos mais recomendados.

Os participantes nesta lista foram: André Ribeirinho, André Cid, Emídio Santos, Daniel Matos, Ricardo Bernardo, Diogo Rodrigues, Ema Martins, Nuno Monteiro, Ricardo Oliveira, Jorge Nunes, André Peres, Pingus, Carlos Janeiro, Ricardo Ramos, Chris Metcalfe, João Chambel, Nuno Raposo, Pedro e Fedra, Amadeu Dias e Carla Reis

A próxima lista já está a ser preparada e irá incluir os brancos mais recomendados entre 10 e 20 euros. Não perca!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Tinto: Beber à Temperatura Ambiente

O vinho tinto deve ser bebido à temperatura ambiente. Sempre ouvi dizer assim. Colocar o vinho tinto no frigorífico é arruinar o vinho. Quem faz isso não gosta de vinho tinto, mas de sumo de uva fresquinho. Que bebam sangria que ao menos não estraga vinho. Quem nunca ouviu uma destas? De onde veio esta máxima? Fará ainda algum sentido nos dias de hoje?
Ao pesquisar um pouco pela net (sim, utilizei a técnica Googling), encontrei uma explicação, dita como "histórica", que aponta para o facto de na Velha Europa, por exemplo em países como França, Itália, Espanha, Alemanha e Portugal, o vinho seria guardado em adegas subterrâneas, muito frias e que, para ser correctamente bebido e apreciado, teria de ser trazido à temperatura ambiente algum tempo antes. Faz todo o sentido.
Mas hoje as circunstâncias são um pouco diferentes. Evidentemente que ainda existem as adegas abaixo da superfície, todavia a grande fatia do consumidor de vinho de hoje em dia não tem uma adega desta capacidade ao seu dispor, aliás a grande parte não tem adega de qualquer tipo. Utiliza-se a despensa da cozinha, a garagem, a arrecadação, a sala de estar ou aquele espacinho tão interessante ao lado da lareira. Também os usuais locais de consumo não têm estas condições. Muitos em Portugal ainda se limitam a colocar as garrafas de vinhos em locais de máxima exposição para o cliente, sob focos de luz ardente ou sob o sol quente que os ilumina através de uma qualquer montra bem trabalhada visualmente. Por outro lado, quando se apresenta o vinho ao cliente à temperatura correcta, obra cuidada de bons gestores de garrafeiras com a precisosa ajuda das agora tão famosas garrafeiras eléctricas, eis que surge o sensaborão comentário de que o vinho está fresco por parte do bebedor mais entendido. Pudera! Se a temperatura da sala for de 24º ou mais graus, qualquer vinho a 15º, 16, ou 17º vai parecer ligeiramente fresco.
Experimentem beber um tinto à temperatura ambiente durante o dia de hoje. Que néctar dos deuses deverá ser.
Vejo cada vez ser mais necessária uma aproximação educacional do vinho ao consumidor. Aproximá-lo. Com acções de esclarecimento. Quer nos locais de venda, quer na restauração quer em serviços que levam a casa do consumidor o querer e saber beber o vinho de forma a que o possa apreciar no máximo da sua plenitude. Um consumidor esclarecido consome mais e melhor. A temperatura do vinho é apenas um dos pontos que devemos ter em atenção e tão simples de seguir. Em casa, uma das opções para um dia de calor como o de hoje, caso opte por beber um tinto, coloque-o 5 a 10 minutos antes de o consumir na prateleira da porta do frigorífico, depois ao retirá-lo, com a palma da mão da garrafa verifique se existe se esta arrefeceu. Se não tiver um termómetro de vinho para  confirmar, pode ter a certeza que este estará sempre mais perto da temperatura ideal do que estava. Um brinde!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Galharda 2009 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: - 
Região:Douro
Teor Alcoólico: 13%
Produtor: Herminio António Santos Abrantes
Preço: 4€ vap

Agradecimento
Uma palavra de agradecimento à Valle do Nídeo pela atenção demonstrada para com o Blog Comer, Beber e Lazer na oferta para prova desta garrafa.

Nota de Prova
Um vinho que me surpreendeu pela positiva. Interessante "Low Cost" do Valle do Nídeo com muito boa qualidade preço. Mais uma boa aposta para quem quer consumir bom vinho no dia a dia sem despender fortunas. E como isso é importante hoje em dia.
Cor rubi, intenso, com laivos de violeta escuro, aspecto límpido e lágrima definida. No nariz predomina a fruta vermelha bem madura, alguma ameixa preta, amoras silvestres, boa intensidade. Na boca surge redondinho, macio, equilibrado e fresco. Pronto a beber acompanhando a refeição. Final persistente e fresco.

Classificação: 80/100

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

José de Sousa 2010

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Trincadeira, Aragonês e Grand Noir
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 13,5%
Produtor: José Maria da Fonseca Vinhos, SA
Preço: 7,65€ vap

Agradecimento
Uma palavra de agradecimento à José Maria da Fonseca pela atenção demonstrada para com o Blog Comer, Beber e Lazer na oferta para prova desta garrafa.

Nota de Prova
Estes aromas e notas a barro está formidável. Fez-me recordar tempos em que ia à fonte buscar água em cântaros de barro. Delicia!
Cor rubi, vermelho escuro, com nuances violeta escuro e de concentração média. Aromas complexo e intensos com muita fruta madura, cereja muito maturada, barro, especiarias, baunilha bem integrada. Muito desafiante. No palato surge com pujança, corpulento, com frescura e muito equilibrado. Aquelas notas de fruta madura conjugado com o terroso da ânfora não será certamente para todos, mas  na minha opinião está em grande plano e agrada-me sim senhor. Longo, guloso e fresco.

Classificação: 84/100

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Exposição 'Imagens do Vinho do Porto: Rótulos e Cartazes',

Sendo eu um apaixonado por esta temática e não só relativo aos rótulos do Vinho do Porto, mas de todo o Vinho, não poderia deixar de aqui dar nota de destaque a este evento que nos brinda com verdadeiras obras de arte.
A Reitoria da Universidade do Porto recebe, a partir de hoje, a exposição "Imagens do vinho do Porto: rótulos e cartazes", que ilustra a evolução do design de rótulos até à actualidade.
Na exposição, os visitantes terão a oportunidade de observar toda a evolução do vinho do Porto no design dos rótulos, embalagens e cartazes originais, até aos dias de hoje.

Em exposição, estarão igualmente "reproduções ampliadas que deram origem a um catálogo", explicou o gabinete de comunicação da Reitoria da Universidade do Porto, que conta com a colaboração de empresas de artes gráficas, empresas de vinho do Porto e coleccionadores privados.

"Ao longo dos anos, as várias casas produtoras de vinho do Porto adoptaram variadíssimas estratégias de comunicação para diferenciar o seu vinho nos mercados internacionais", salientou o gabinete de comunicação, referindo ainda que o passado passava pelo destacar das qualidades do vinho do Porto, numa luta "contra a ‘neurastenia' e a ‘debilidade física', justificando o seu engarrafamento e comercialização por farmácias".

Os rótulos e embalagens vão estar expostos de terça a sexta-feira até ao dia 26 de Outubro, entre as 11h e as 13h e as 14h e as 17h, na Praça Gomes Teixeira.

Naturalmente que tenho de agendar uma ida ao Porto o quanto antes. Os rótulos que lá existem que gostaria de ver na minha colecção...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Prova Régia Premium 2011 Branco

Características
Tipo: Vinho Branco
Castas: Arinto
Região: Bucelas
Teor Alcoólico: 13%
Produtor: Companhia das Quintas, SA
Preço: 5,29€ vap

Uma palavra de agradecimento à Companhia das Quintas pela atenção demonstrada para com o Blog Comer, Beber e Lazer na oferta para prova desta garrafa.

Nota de Prova
Cada vez mais de beiço caído pelos brancos de Bucelas, pela frescura do Arinto. Encontrei neste produto da Quinta da Romeira um digno representante a um preço anti-troika e que acompanhou umas Ameijoas à Bolhão Pato de forma excelente. Cor citrina, ligeiras nuances esverdeadas, muito brilhante e límpido. No nariz o fruto citrino, o fruto tropical, lima, maracujá, abacaxi em perfeito equilíbrio com uma mineralidade estupenda. Gostei mesmo. Na boca uma frescura e uma acidez palpitante, com a fruta toda no sitio, com a frescura da toranja e maça verde completadas pelo toque mineral que não nos deixa cair. Fresco, elegante e mineral

Classificação: 90/100

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Wine Spectator: WTF???

Normalmente a esta hora já estaria no mundo dos sonhos, mas o que o corpo quer a mente nega e faz-me continuar acordado a pensar nas classificações recentemente atribuídas por esta revista aos vinhos portugueses. Olho para a lista, faço scroll down e up, vejo e revejo e sinceramente não consigo compreender nem as avaliações atribuídas nem os critérios utilizados para chegar às mesmas.
Parece que houve alguma intenção deliberada de fazer com que assim fosse, parece, não digo que tenha sido, como também não costumo afirmar que existem bruxas mas....
As revistas têm cada uma a sua bitola, bem sei, mas como comunicação social que são deviriam primar por acções sem mácula, livres de dúvidas e situações menos claras. Estas é uma delas. Alguém me ajuda a compreender que eu sinceramente ainda não cheguei lá?
Será esta mais uma importante decisão inserida no plano da Troika para nos deitar abaixo num mercado onde Portugal começa a dar cartas? WTF?